Arquivo mensal: junho 2012

Doença

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Sombras e inquietação por toda parte, menos em mim.

À minha volta, uma existência cintilante. E podre. Bêbada. Inútil.

Se sua espada não corta o vento, o que quer comigo, então?

Jogo fora meu orgulho e digo que minhas dúvidas são antigas.

Retomo a firmeza e, para mim, o talvez não existe. Não no longo prazo.

Como consolo, só digo que não há escolha errada que não possa ser mudada.

E quem merece ser consolado?

Tenho ao meu lado algo que não sei descrever.

E só porque espero, não significa que vai durar.