Arquivo mensal: setembro 2011

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Itajubá, 10 de Setembro de 2011

Rodoviária.

Acabei de perder meu ônibus e logo irei para casa, meu pai vem me buscar. Estou sentada, com a mala entre as pernas, de frente para o Novo Hotel. O lugar que vejo me dá vontade de voltar uns 50 ou 60 anos no tempo. Céus! Essas vontades quase machucam minha carne, de tão fortes. O vento me causa arrepios e me sinto invisível neste lugar. Amigo, hoje não quero me servir de parágrafos – entenda. Entenda que minha cabeça está confusa e, por isso, meu texto também o será. “Uma mansão de R$450 mil” – ouço uma senhora dizer, inconformada. Burburinhos me são confortáveis, só as músicas que não. Passei por momentos difíceis nos últimos dias e me despreze, leitor: sem motivos! Cada dia mais, sinto que não posso interferir na lógica do mundo capitalista e muito menos na lógica da vida. Vou para casa. E um dia irei de verdade.

Nota: (…) As pessoas não deveriam ter medo de se machucar em um relacionamento… afinal, toda experiência é válida e todo sentimento existe para ser vivido.

Vou para casa. A hora estala em meus pensamentos.