Arquivo mensal: abril 2011

Ao braço do mesmo menino Jesus quando appareceo

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Só porque o Barroco é incrível!

Por Gregório de Matos

“O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.

“Em todo o sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.

“O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

“Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.”

Acróstico

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Presente de aniversário de um amigo…compartilhando! =D

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-Há na infinidade sentimentos tão puros!

Enquanto o vento traz o perfume das orquídeas

Lhe amolece o corpo com um arrepio.

Minhas sensações se cruzam, desnorteadas e ágeis.

E a alma brilha, exibe sua ansiedade! – cessa.

Risonha e incansável tarde de Setembro.

-Há na infinidade arrepios tão seguros!

Enquanto a ansiedade brilha nas orquídeas

Lhe treme o corpo com sensações risonhas.

Minha tarde de Setembro já não será a mesma

Enquanto minha alma, pura e desnorteada,

Retratar meus sentimentos mais incansáveis.

06 de Setembro de 2010

Encontro

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Esse foi um poema bem sincero, agora é um pouco ultrapassado.

Ainda gosto dele. ^^

 

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Uma imagem de canto de olho

Balança meu coração num ritmo alucinante

Sorrio e vou ao seu encontro

Com mãos trêmulas e pensamentos bagunçados.

 

Encaro-o aos poucos, brinco com suas mãos.

As palavras, traidoras, perderam-se em mim

O nervoso disputava minha feição

Com a falsa serenidade! – recordo.

 

E no passar do momento, com falas esmigalhadas,

Sentia um arrepio atordoando minhas costelas

Externava essa falta de jeito

Com folhas partidas no chão.

 

O dia seguinte optou por se desfazer em indagações

E a consciência, meu amigo,

Misturou-se com dúvidas sobre o futuro:

Confusão, nada mais.

No title again

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Amarga Essência tentadora

Como um buraco no Universo,

suga e desconfigura tudo o que toca

Fujo, mas Ela fareja miinha ansiedade.

 

Agarro-me a qualquer pensamento

Camuflo meu temor com falsa racionalidade

Neste espaço inóspito, na verdade,

Só faço disfarçar meu ser.

 

A razão se empenha em dominar minha feição

Olho para outro lado, ignoro-a

E dou espaço à dúvida e à tentação.

As posturas destoam o ambiente

 

Uma figura azul cospe palavras repetitivas

Estas vêm sedentas aos meus ouvidos

Eles não gostam e se fecham

Provocam minha mente a imaginar.

 

Pego um espelho

A decepção já esteve aqui.

Controlo minhas mãos e fecho este poema.

Fecho a mim mesma.