Arquivo mensal: março 2011

Padrão

Uma caneta azul

1/4 de folha

2 min da aula de RH

uma semana e nenhum título

O vulto silencioso

transcende minha vontade

Um olhar estagnado

representa a frieza do momento.

Tento. Não sinto nada.

Meus olhos vagam desesperançosos

À procura de um motivo…

Tentam, em vão.

A claridade assusta minhas sensações,

Parcialmente adormecidas no vazio.

Na falsidade inerente,

Retribuo esse esforço sorrindo.

Minitexto – 29/08/10

Padrão

A vulgaridade da época me causa tamanha ânsia e decepção que penso em fugir daqui o mais rápido possível. Esta praga acaba por nos envolver… e resta, infelizmente, arrependimento. Digamos que seja um misto de nojo de si mesmo com medo do julgamento alheio. É neste momento que desejo minha independência e liberdade…não acompanham meu raciocínio? Não me culpem por minha fraca expressividade…mas peço que acreditem em mim. E, se me permitem dar um conselho, não se deixem tomar por esta vulgaridade, que vem ridicularizando a geração. Como tudo se transforma em tão pouco tempo…é um pena que essa mudança esteja baseada numa busca de liberdade asquerosa e numa alienação tão profunda.

 

Nota: Odeio escrever utilizando-me de reticências, encarem como forma de expressão do momento.

Princípio de Epifania raivoso

Padrão

Sinto o escuro me envolver, sozinha,

Em consonância com o vento,

Que parece articular nervoso.

Um arrepio me alerta as possibilidades

E eu fecho os olhos, ignoro-o confiante.

 

Meus sentimentos parecem ganhar forma

Vejo-os interagir com minhas sensações,

Materializadas nesta névoa esfumaçada.

A realidade investe em diluí-los:

 

Fecho minha alma, insisto e tremo!

Agita-me o corpo a vontade

A lua me encara, preocupada

Aconchego meus olhos em sua direção

 

A energia esgotada representa

Minhas vontades frustradas,

Raivosas e estagnadas! Ah!

Percebo! Um princípio de epifania…

 

Sem nome

Padrão

Um sopro da lua se transforma em

Um furacão de expectativas e memórias!

Uma revolta delicada se acentua em mim

Meu eu se torna gigante perto do mundo!

O vento bate em meu rosto

O perfume nostálgico embaralha minhas intenções.

Converso com o tempo, questiono-lhe suas atitudes

Ele fica encabulado, mas continua passando.

Pobre mariposa, já apaguei as luzes.

Tão ínfima criatura, perdida em seus sentidos

Perdida em seu caminho, somente com a certeza de sua vontade.

Projeto-me nela e vôo longe… busco a minha luz.

Uma barreira me tomba por completo

Não sinto dor, nem medo, nem decepção.

Escorro lentamente pelas lacunas da mente

E o eu magnífico, de ignorante,

Esfarelou-se em mariposas conformadas.

Vaidade das Sensações

Padrão
A dança das luzes
convida minha mão a escrever
No silência atordoante, penso.

Minhas sensações inquietas
enfrentam-se e discutem.
O sonho de primazia inspira sua vaidade.

_ Tolas, afinal não sabem que sou soberana sobre vós?
Traída por meu humor,
opto por trancafiá-las em meu peito.

Já devastado
por palavras não ditas
e sentimento efusivos.